A equipe também orienta os consumidores em geral, que estão cada vez mais exigentes e preocupados com produtos orgânicos e saudáveis
O Programa Maringá Mais Orgânica está na Expoingá, durante todos os dias da feira, no Pavilhão Helena Cristina Barros e no Centro de Eventos, para orientações e certificação de produtores da agricultura familiar e da agroindústria familiar que visitam a feira.
De acordo com Ednaldo Michellan, coordenador Estadual do Paraná Mais Orgânica e docente da Universidade Estadual de Maringá (UEM), onde funciona um núcleo do programa, a certificação para a agricultura familiar e a agroindústria familiar é gratuita. Há alguns anos, esta certificação tinha um custo de cerca de R$ 3 mil a R$ 4 mil ao ano e muitos agricultores resistiam. “Mas, surgiu o programa, que veio para facilitar e viabilizar esse processo e a medida colaborou muito para que o Paraná alcançasse o título do estado com maior número de produtores certificados de orgânicos do Brasil, com atuais cerca de 4 mil produtores, ao passo que há poucos anos tínhamos algo na casa de 1 mil”, explica.
O Paraná fica atrás, somente Rio Grande do Sul, que está em segundo lugar e o terceiro, o estado de São Paulo, em terceiro.
O Programa, iniciado em 2009, é uma parceria da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) com o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), as Instituições Estaduais de Ensino Superior e o Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA), executada por equipes multidisciplinares de profissionais e estudantes de graduação que compõem os Núcleos de Certificação.
Entre os objetivos da iniciativa está contribuir para a consolidação do estado como o maior produtor de orgânicos do país; ofertar serviços que estimulem a adoção de inovações tecnológicas, baseadas na agricultura orgânica pelos agricultores familiares e apoiar a organização dos agricultores nos processos de comercialização da produção orgânica.
“Na Expoingá nosso trabalho é atender dois públicos: o agricultor que gostaria de se tornar um produtor orgânico, eo consumidor geral, que está cada vez mais exigente e preocupado com a alimentação saudável e seletiva”, destaca o coordenador.
Região
Michellan estima que a região de Maringá conta com cerca de 200 produtores. “O titulo é avaliado mensalmente e a certificação é renovada a cada seis meses. É algo criterioso. Se não tiver na conformidade, perde a certificação. No Paraná, a região centro-sul e de Curitiba é a quer mais possuí produtores orgânicos e a nossa meta é inverter esse número, pois a nossa região noroeste tem clima e terra favorável para produzirmos mais”, conclui.