Com 70 animais, a mostra de Senepol da Expoingá 2023 é a maior da raça já realizada no Paraná. Em nenhuma outra, houve tantos exemplares reunidos em um único evento do gênero. “É um presente para a Exposição de Maringá, pela acolhida que recebemos em anos anteriores, pela dimensão da exposição e pela importância dela no cenário nacional”, diz o criador, Artur Cezar Vigilato, que pelo quarto ano consecutivo está presente no evento.
Considerado o maior expositor da raça, no Brasil, Vigilato, também é um dos principais divulgadores e disseminadores do Senepol no Território Nacional. O plantel dele teve início em 2016, após participar de um leilão, no ano anterior, e se interessar pelos animais de couro avermelhado, originários do cruzamento entre N’Dama, do Senegal, no Oeste da África, e Red Poll, da Inglaterra. “A rusticidade, a precocidade, a facilidade de adaptação e o potencial de transmissão da genética me chamaram a atenção. Passei a pesquisar e conclui que era onde eu ia investir”, destaca.
20 anos
Ao longo de quase de duas décadas, Vigilato desenvolve um projeto modelo que virou referência para os criadores da raça. Na execução das estratégias, ele conta o olhar atento e o trabalho determinado de Diogo Henrique Bianchi, que carrega a bagagem de ter atuado, no Estado de Rondônia, ao lado do precursor do Senepol, no Brasil, João Arantes. “São animais dóceis, que produzem carne de qualidade superior, macia e saborosa”, ressalta.
Líder
Uma das características do Senepol é a capacidade de um touro a campo conseguir cobrir 40 vacas; enquanto, outras raças, na comparação, chegam a, no máximo, 25 fêmeas. Outra é a aptidão para a produção de leite. Hoje, após o desembarque dos primeiros animais no País, em 2000, o Brasil reúne o maior rebanho da raça no mundo.