A primeira mostra de mini-horses em uma edição da Expoingá foi um sucesso. Tanto no pavilhão quanto na Pista de Julgamento “Professor José Quirino dos Santos”, os “menores cavalos do Brasil” chamaram a atenção do público, que passou pelo Parque Internacional de Exposições “Francisco Feio Ribeiro”, no fim de semana de abertura da 49ª Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá.
O sócio-fundador da Associação Brasileira dos Criadores de Mini-Horse (ABCMH), José Bastos Cruz Sobrinho, o Zezé Cruz, destaca que o objetivo foi alcançado. “Nosso pavilhão foi muito bem visitado. No julgamento, mostramos o minucioso trabalho de melhoria genética realizado nos haras”, destaca. Com propriedade em Avaré, ele é o principal criador e disseminador da raça, no Brasil.
Sete décadas
Há cerca de sete décadas, o pai de Zezé, João Batista Cruz Neto, começou criar mini-horses, em Avaré, no interior do Estado de São Paulo. Foi em 1955, quando comprou cinco animais, do precursor da raça, no País. Após a morte do pai, Zezé deu sequência ao haras e se tornou a referência no universo dos “cavalos de estimação”.
Hoje, são aproximadamente 10 mil animais registrados na ABCMH, e cerca de 250 criadores associados. Os primeiros exemplares desembarcaram em solo brasileiro, em 1930. Vieram da Escócia, Irlanda, e Inglaterra, região conhecida como Grã-Bretanha.
Semear
Para o médico-veterinário, Osvaldo Xavier Câmera, de Cuiabá (MT), responsável por avaliar o plantel, realizar uma etapa do 19º Campeonato Nacional do Mini-Horse, na Expoingá, foi o primeiro passo para ampliar as fronteiras da raça no território nacional. Hoje, os criatórios se concentram nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. “Plantamos uma semente e temos certeza de que ela frutificará”, ressalta.
Campeonato
No julgamento, o campeão da raça adulto foi o animal Avaré Nick-Boy. O vencedor da raça jovem foi Avaré Top-Classic. Entre as fêmeas, a campeã da raça adulta foi Avaré Jelly. O título de campeã jovem foi para Guguiná Sensation.
O Campeonato Nacional é composto por oito etapas, realizadas entre abril e novembro, com uma em cada mês. “Estamos presentes nas principais exposições agropecuárias do País. E, agora, a Expoingá está no nosso roteiro. Em 2024, esperamos estar de volta”, declara Zezé Cruz.
Repercussão
Para o público, os mini-horses engrandeceram o primeiro fim de semana da Expoingá 2023. Infinitas, foram as fotos de crianças ao lado dos cavalos em miniatura. Muitos, também, foram os contatos de pessoas interessadas em conhecer detalhes sobre os cuidados necessários para se ter um animal. Tantos, ainda, foram os criadores que procuram informações sobre viabilidade financeira, como mais uma opção de negócio para a propriedade rural deles.
O diretor de Pecuária da Sociedade Rural de Maringá (SRM), Jucival Pereira de Sá, afirma que a repercussão da mostra foi tão positiva que os mini-horses estão garantidos para a próxima edição da Feira. “O convite foi feito e esperamos ampliar o número de animais expostos”, chancela a presidente da entidade realizadora da Expoingá, Maria Iraclézia de Araújo.