Equipes Organize, Chico e AgroZap foram as vencedoras da maratona de inovação voltada ao agronegócio sustentável
A 6ª edição do Hackathon Inova Agro chegou ao fim na noite dessa sexta-feira (9), em um encerramento vibrante no Parque Internacional de Exposições Francisco Feio Ribeiro, integrando a programação oficial da Expoingá 2025. O evento reuniu criatividade, inovação e espírito empreendedor ao longo de três dias de atividades, com o objetivo de propor soluções tecnológicas para o agronegócio — em especial para pequenos produtores de alimentos orgânicos.
Nesta edição, 133 participantes formaram 21 equipes, das quais sete foram selecionadas para a grande final. O facilitador do evento, Danilo Xavier Saez, destacou o foco na geração de ideias com impacto real. “O Hackathon foi pensado como uma maratona de ideação, mais do que programação. Nosso objetivo foi mapear propostas viáveis que possam se tornar produtos ou negócios no futuro”, afirmou.
Premiação
O grande vencedor da noite foi a equipe Organize, que recebeu um cheque de R$ 5 mil. O grupo apresentou uma solução inovadora para organização e automação de processos no campo, com foco em melhorar a gestão dos pequenos produtores.
Vinicius Almeida, um dos membros da equipe vencedora, explicou que essa foi a primeira participação em Hackathon: “A nossa solução foi a Organize. A gente tentou tornar a vida do produtor mais fácil, né? Simplificar o processo do planejamento, toda a parte de atividades e auxiliar, manter o certificado dele de forma bem resumida. Esse é o primeiro Hackathon que eu participo, inclusive. Eu não tenho muito interesse por Hackathons em si, mas eu tenho que admitir que esse daqui, cara, muito divertido, foi uma ótima experiência”
Ele ainda compartilhou sobre o processo de desenvolvimento da ideia: “A gente montou nesses três dias. A gente acabou principalmente focando nos dois primeiros, montou a ideia. E esse terceiro, hoje de apresentação, a gente focou mais na parte de melhorar um pouco o pitch, adicionar algumas coisinhas a mais no slide e é isso.”
O segundo lugar ficou com a equipe Chico, liderada por Bruno André Fernandes Ortega, que recebeu um cheque de R$ 3 mil. A proposta do grupo foi o desenvolvimento de uma inteligência artificial acessível, capaz de organizar e armazenar registros por meio de áudio e imagens, facilitando o dia a dia dos pequenos agricultores, especialmente os que ainda utilizam métodos manuais.
“Hoje em dia os dados são feitos à mão e desorganizados. Nossa IA ajuda pequenos agricultores a registrar por áudio, foto ou texto, tornando tudo mais acessível e padronizado.”
Já o terceiro lugar foi conquistado pela equipe AgroZap, de Vinicius Pietracatella, premiada com um cheque de R$ 2 mil. A solução apresentada foi um agente automatizado que funciona via WhatsApp, permitindo que produtores se comuniquem com a tecnologia de forma simples e intuitiva, sem a necessidade de aplicativos ou plataformas adicionais.
“Mais de 72% dos produtores usam WhatsApp nas lavouras. Aproveitamos essa realidade para tornar o sistema ainda mais acessível”, explicou Vinicius.
Inclusão, formação e incentivo ao agro
O evento foi aberto para pessoas acima de 15 anos, contando majoritariamente com estudantes universitários e de cursos técnicos. As soluções finalistas abordaram temas como gestão de dados, comercialização, comunicação e rastreabilidade, sempre com foco no fortalecimento da agricultura orgânica.
Realizado pela Sociedade Rural de Maringá (SRM) e o SEBRAE, com apoio da SRM Jovem, Software by Maringá, Sicredi, UniCesumar, UniCV e UEM, o Hackathon reforçou seu papel como motor de inovação, formação e incentivo ao desenvolvimento sustentável no agronegócio brasileiro.