Expoingá explana novas perspectivas internacionais para a pecuária paranaense

Novas perspectivas internacional

A arroba do boi passa a valer mais para o mercado asiático e europeu. Paraná é o único estado do Sul do Brasil a ter habilitação para exportar para a China.

O mercado de exportação da carne bovina, o processo de rastreabilidade do rebanho e a habilitação do Frigorífero Astra, de Cruzeiro do Oeste, no noroeste do Paraná, para o mercado chinês foram temas de uma palestra que ocorreu no início da noite desta sexta-feira, 5, na Casa do Pecuarista, no recinto da Expoingá.

O evento fez parte da programação oficial da feira e tratou as novas possibilidades de um mercado mais aberto e rentável para o mercado paranaense, já que o Frigorífico Astra, um dos maiores do estado, conseguiu a habilitação no mês passado para a exportação de carne bovina para a Indonésia e a China. A empresa já envia produtos para vários países da América Latina, União Europeia, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos e Israel, mas o governo da China suspendeu o embargo à importação de carne produzida no Brasil no final de março e habilitou quatro plantas brasileiras para exportação. O Astra é um deles e o único do Sul do Brasil.

“Estamos investindo muito. Com isso, esses animais também serão vendidos para a Europa por um valor maior. Eles recebem somente animais rastreados, desde a sua origem. A perspectiva de mercado é alcançarmos uma remuneração melhor para os produtores. Quando não tínhamos essa planta habilitada para a China, o pagamento pela arroba do boi era menor”, comenta um dos palestrantes, Júnior Peres, diretor de Compras e representante do Frigorífero Astra.

De acordo com ele, a China exige animais com até 30 meses de idade. Hoje, um boi comum valeria R$ 260 a arroba e o animal para China, R$ 270. “Temos um ganho de R$ 10 por arroba. Passando para a Europa, que exige já rastreabilidade, esse animal do critério chinês, passa para um ganho ainda maior, de R$ 15 por arroba. Ou seja, o produtor lucra com essa medida”, destaca.

Outro palestrante, Guilherme Canavese, CEO da SpaceVis – Monitoramento de Gado, tratou a importância da rastreabilidade de toda a cadeia produtiva da pecuária e as novas oportunidades para o produtor paranaense. “Neste momento, com a carne livre de Aftosa, sem vacinação, a rastreabilidade se torna ainda mais necessária. A habilitação do Frigorífero Astra para o mercado chinês abre novos mercados para a produção. Ganhamos maior valor, deixando a receita maior para o estado”, comenta o CEO.

O encontro reuniu pecuaristas e estudantes de medicina veterinária de instituições de ensino de Maringá e ainda será pauta para muitas rodas de discussões no agronegócio.

Compartilhe esse conteúdo

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn
Email