Na noite onde a força e vigor dos touros prevaleceram, Matheus Eduardo Guisini usou técnica e determinação para suportar os oitos segundos no lombo do animal e sagrar-se campeão do Rodeio da Expoingá 2023. Aos 22 anos, a vitória foi, para ele, a realização de um sonho. “Todo peão quer ganhar em Maringá, na arena coberta mais bonita do País e com o público mais empolgado e vibrante do Brasil”, declara, com o brilho nos olhos. Natural de Arapongas (PR), ele começou a montar aos 14 anos de idade.
Semelhante ao que havia sido registrado no sábado, no domingo de encerramento da 49ª Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá, o público lotou as arquibancadas da Arena Coberta Joaquim Romero Fontes, vibrou, cantou e aplaudiu os 10 finalistas que buscavam o título de campeão da Expoingá 2023. Sete deles, no entanto, sucumbiram e acabaram no chão, antes dos oito segundos necessários para a contagem de pontos. Dos três que venceram o desafio, Guisini recebeu a nota 84,75, que, na somatória com a do dia anterior, rendeu-lhe a “cobiçada” fivela e o prêmio de primeiro lugar.
Cutiano
Na modalidade cutiano, montaria em cavalo, que deu origem ao rodeio brasileiro, a palavra foi superação. Clóvis Dias Palassi chegou na final com o quarto melhor desempenho da noite anterior. No domingo, fez uma apresentação única, conquistou a nota 87,5 e deixou a Arena Coberta com o título de campeão. Natural de Cruzeiro do Oeste (PR), ele tem uma longa carreira. Ele estreou em 1989. Em 2010, retirou-se do circuito para regressar em 2022. “Vencer em Maringá, é uma experiência única”, resume.
Três Tambores
O calor da emoção, combinado com uma dose extra de adrenalina, também, foi o destaque da Prova dos Três Tambores. Na noite de sábado, as competidoras percorreram o circuito sem cometer faltas. No domingo, cinco das dez finalistas derrubaram um dos tambores e foram penalizadas. Com o tempo de 14.787 segundos, Moema de Almeida Costa Curta Zechetto, levou mais um título para casa. Na somatória, ela cravou 59.999 segundos. Filha do empresário, pecuarista, e ex-presidente da Sociedade Rural de Maringá, Hélio Edys Delmutti Costa Curta, ela dedicou o campeonato ao pai, “precursor, incentivado e apaixonado” pela criação da raça de cavalo Quarto de Milha, na região de Maringá, e à família.
Laço em Dupla
De Nova Esperança (PR), Cauã Matsukuma e Júnior Trajano venceram a Prova do Laço em Dupla. Também, em noite mais favorável para os bezerros do que para os competidores. Houve penalizações por laçar, apenas, uma das patas traseiras dos animais, quando a regra são as duas. Outros foram desclassificados ao deixar de laçar a cabeça dos garrotes. Ao receber a premiação, os campeões se mostraram emocionados e realizados com o desempenho deles.
Espetáculo
Um dos eventos mais esperados dentro da programação das edições da Expoingá, o Rodeio voltou a ser um espetáculo à parte. Dentro e fora dos bretes. Nos dois dias, o público lotou as arquibancadas da Arena Coberta. Cantou, vibrou, torceu, emocionou-se. Nas quatro modalidades de provas, os competidores mostraram habilidade, coragem e determinação. No sábado, a banda do Quarto Colégio da Polícia Militar João XXIII, de Maringá, executou o Hino Nacional, e foi acompanhada por um coro formado por milhares de pessoas. “Todos os anos, apresentamos novidades. Este ano, a Banda foi uma surpresa; um presente para os amantes do Rodeio”, frisa Alexandre Bolfer, organizador da competição.
Gratidão
No sábado e domingo, a presidente da Sociedade Rural de Maringá, entidade realizadora da Expoingá, Maria Iraclézia de Araújo, fez questão de saudar o público, durante a “abertura dos trabalhos”, montada na égua Monique. Da raça Paint Horse, o animal é de propriedade dela. “Foi uma forma de agradecer a resposta das pessoas que atenderam nosso convite e lotaram as arquibancadas da Arena Coberta”, afirma.