Este ano, o evento chega em seu jubileu de ouro com extensa programação de shows e com três dias de portões abertos
A Sociedade Rural de Maringá nasceu depois da necessidade de criar uma feira agropecuária. Ou seja, a feira surgiu primeiro, fruto da necessidade de organização dos produtores rurais para ter um espaço atrativo, uma vitrine para expor, oferecer e comercializar seus produtos.
Em 1972 teve início a Expofemar – Exposição Feira Agropecuária e Industrial de Maringá – sob a responsabilidade da Prefeitura Municipal; sete anos depois foi assumida pelos próprios produtores ao criar a Sociedade Rural de Maringá, que passou a administrar o parque de exposições e gerir a feira.
Embora valorizasse o evento, o então prefeito, João Paulino, não via como função da prefeitura organizar a feira que mobilizava secretarias, funcionários públicos e gerava gastos para o cofre municipal. Então, ele incentivou os produtores e a nova sociedade se organizou, elegendo como primeiro presidente o agropecuarista Joaquim Romero Fontes.
Edi de Oliveira Vieira, diretor da Sociedade Rural de Maringá desde a fundação, relembra este início: “Nosso objetivo sempre foi cuidar da melhor forma do parque e da feira. Nas primeiras edições a exposição era voltada para a pecuária, depois que fomos agregando. Tudo que a gente via de diferente, trazia pra cá; daí as indústrias começaram a vir também. A cidade cresceu e nós fomos crescendo junto”.
Ao longo das mais de quatro décadas, inúmeras gestões, todas compostas por pessoas de expressiva representatividade no agronegócio que, voluntariamente, dedicaram uma parte de suas vidas à estruturação do Parque de Exposições de Maringá, ao fortalecimento da SRM, à consolidação da Expoingá e a valorização da cidade no contexto do agronegócio nacional.
Baile Country foi criado há 35 anos
Uma das organizadoras e idealizadora do atual “Garota Country”, a empresária Pity Marchese, relembra que o primeiro baile promovido pela Expoingá, em 1989, registrou uma presença “tímida” dos associados da Sociedade Rural e as candidatas foram escolhidas à dedo.
De família ruralista, filha de Eduardo Figueiredo Lima, fazendeiro desde a década de 1950 na região e atuante diretor da SRM, ela comenta que o baile foi realizado em um buffet, e a segunda edição já foi dentro do parque: “O primeiro foi muito bem organizado, mas como toda novidade, muitos não tinham entendido direito a proposta, resultando em poucos participantes. Mas os associados gostaram da organização e proposta e as edições seguintes já passaram a ser o sucesso que persiste até hoje”.